terça-feira, 17 de setembro de 2013

Lançamentos do Dia (17/09)

Como todas as terças-feiras de prestígios, hoje foi lançado mais 2 álbuns. Um de uma banda renomada, e outro de uma banda nova e que promete e muito no futuro.

The Devil Wears Prada - 8:18 (Roadrunner Records)
 The Devil Wears Prada já é uma banda firmada entre as principais bandas da cena metal/hardcore mundial, e esse era um aguardado álbum após o primeiro cd ao vivo deles (Dead & Alive) e o primeiro álbum sem o tecladista James Baney.
 Na primeira ouvida, talvez você não consiga entender realmente qual a pegada dos seus dois primeiros singles (Martyrs e Home For Grave) e se não conseguir entender nem na segunda ouvida, tudo bem porque nem eu entendi ainda. Mas o álbum como um todo está realmente a "cara" do TDWP e principalmente a cara de seu frontman Mike Hranica. Digamos que mescla um pouco de tudo que eles já fizeram, e ainda sim, deixa a sensação de um álbum cru e pesado. Senti falta de um pouco mais de vocal limpo do Jeremy DePoyster, mas se nisso deixa a desejar, as letras da banda como sempre estão extremamente boas, levando uma mensagem realmente importante para quem curte a banda.


Dangerkids - Collapse (Rise Records)
 Não tenho como negar que meus dois estilos favoritos de música além de Pop Punk é Post-Hardcore e Rapcore, e eu sempre tentei procurar uma banda que mesclassem esses 3 estilos, ou pelo menos 2 deles, eis que encontrei uma para quem curte tanto um rapcore do Linkin Park na época Hybrid Theory/Meteora (saudades, muitas saudades) quanto um post-hardcore com uma pegada eletrônica ao melhor estilo Asking Alexandria (queria um exemplo de uma banda melhor, mas eles são os mais conhecidos acho eu né). E é isso. Dangerkids é isso.
 Post-Hardcore de qualidade guiado pelos gritos do vocalista Jake Bonham junto com os Raps altamente influenciados por Mike Shinoda  do outro vocalista Tyler Smith. Se você ouvir esse álbum enquanto faz outras coisas dificilmente perceberá que ambos os vocalistas fazem o vocal limpo, mas é o de menos. O que importa é que a banda está trazendo de volta um pouco dos velhos tempos do Nu Metal/Rapcore (R.I.P.) na roupagem da moda que é o Metalcore/Post-HC, e com essa identidade inédita, essa banda tem tudo para decolar. Se não decolar na cena atual, vai decolar entre as minhas bandas favoritas.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Filme: Viagem À Lua

Quem nunca viu essa foto da Lua?
 Vamos um pouco para a parte culta e erudita do blog, não que eu seja um cara bem informado, mas é bom eu recapitular aqui um pouco que eu tento aprender nas aulas. "Le Voyage Dans La Lune" ou Vigem À Lua traduzido para o português, é um filme de 1902. Sim, 1902, e que teve a direção, produção, roteiro e atuação de um lunático chamado George Méliès.

Bigode de Respeito
 Esse francês calvo com bigode vistoso era um grande apaixonado por ilusionismo, e quando ao invés de gastar o dinheiro que possuía para fazer uma faculdade, achou melhor comprar um teatro - O grande e que eu nunca ouvi falar Théatre Robert-Houdin, que pertencia ao famoso ilusionista também desconhecido por mim Jean-Eugène Robert-Houdin - e começou a fazer seus ilusionismos que ninguém dava a mínima.
 Até que em um sábado, no dia 28 de Dezembro de 1895, este humilde homem foi para o Grand Café onde 2 irmãos também bem lunáticos conhecidos como Irmãos Lumière estavam mostrando um tal de cinematógrafo onde eles reproduziam a "Saída da Fabrica Lumière em Lyon". Méliès logo se interessou e viu que poderia inovar seus truques com essa maravilhosa invenção.
 Então com a ajuda de um protótipo criado pelo cinematógrafo inglês Robert William Paul (sinceramente gostaria de ter esse nome) Méliès começou a sair filmando o cotidiano dos cidadães de Paris, e quando a câmera parou de repente sem parar a movimentação das pessoas, ele reparou que a ação feita na filmagem era diferente da ação que ele estava filmando, e o dito cujo descobriu que poderia usar essa técnica de parar filmagens e voltar logo depois para ações diferentes, e sujeito esperto que era, usou a favor de seu ilusionismo e assim criou o stop-action.
 Como também criou o storyboards, além de ser um ótimo desenhista e ter desenhado todos os cenários de seus filmes, Méliès é considerado o "Pai dos Efeitos Especiais" e talvez se não fosse por ele o cinema teria existido muito tempo depois, porque se dependesse dos Lumière as coisas não iriam muito para a frente não. Realmente um homem a frente do seu tempo. Mas vamos falar do Filme:
 Le Voyage Dans La Lune não foi criado por acaso, ele foi baseado em dois livros de sua época: Da Terra à Lua de Julio Verne e Os Primeiros Homens na Lua de H. G. Wells, e possui em torno de 15 minutos de duração, o que para a época era bastante, e conta a história de 5 astrônomos que vão para a lua em uma capsula que parece uma bala a partir de um lançamento de um canhão. Chegando lá são capturados por bichos estranhos que vivem lá e ocorre uma fantástica batalha de efeitos especiais (para a época era MUITO bom) e o resto você confere a seguir:

Essa versão é remasterizada e completamente pintada a mão exibida na França em 2002/2003, obviamente a versão original é preta e branca e sem som.

Curiosidades: Martin Scorsese, grande apaixonado por cinema, faz menção desse filme em A Invenção de Hugo Cabret, onde o ator que interpreta Méliès é completamente igual ao original.